na pedra das escadas
Estás sentado na pedra das escadas de pedra
com a
folha da lâmina na pele dos dedos
a abrir
fendas na carne dos frutos.
O pó
húmido da terra amanhada no rapão
junto ao tronco
da videira.
Sobes ao
terraço da casa para olhar de perto
o barulho
das nuvens e dos homens.
Sobes às
estrelas na noite.
Nos cômoros
por onde estendes o olhar
os homens
abrem regos para molhar o chão.
São como
fósforos os teus amigos.
Digo: os
teus amigos duram puco tempo,
e são como
pequena labareda exposta ao vento.
Esperas
que a primavera traga pássaros, cheiro a rosas e
que do
interior da terra floresçam infinitamente
todos os
nomes dos frutos.
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